São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 1996
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Mesmo longe da perfeição, Cantaloup satisfaz paladares

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Depois de várias semanas de suspense, o restaurante Cantaloup abriu há quinze dias suas portas. E abriu para valer. Já fervendo de gente, impressionando pela arquitetura e agradando paladares.
A casa nasceu do esforço de dois sócios que nem do ramo eram, e que antes pensavam em aventurar-se nas lides gastronômicas de forma discreta, como um pequeno bistrô.
Mas, ao conhecer o ponto no Itaim onde funcionou uma fábrica de pães, a dupla terminou apostando no megaempreendimento em que terminou se metendo.
Os autores da façanha são os empresários Daniel Sahagoff e Jorge Moraes Dantas, que durante mais de um ano estiveram metidos na tarefa de erguer naquele espaço uma casa em vários aspectos exemplar: ao mesmo tempo moderna e arejada, mas também séria e promissora.
Sem economia
Para isto, compensaram a inexperiência investindo muito dinheiro, reunindo bons profissionais e não economizando em equipamentos.
O projeto de Arthur de Mattos Casas compôs um pátio com jardim e telhado de vidro, e um salão de alto pé-direito, enormes fotos de Willy Biondani, um gigantesco armário-adega envidraçado (preenchido pela competente carta de vinhos, viva!, criada pelo enófilo Jorge Lucki) e confortáveis poltronas nas cores do melão Cantaloup (amarelo, laranja).
Influências variadas
O chef Laurent Suaudeau foi requisitado para criar o cardápio, que ele moldou numa base francesa, mas revestiu de influências multinacionais (dando pinceladas de cozinha "fusion" -ou, como prefeririam os franceses, "sans-frontière"). Sempre com toques brasileiros.
O chef de cozinha é Deff Haupt, que trabalhou no Ciao: um alemão com formação de cozinha francesa (trabalhou com Robuchon e Bocuse).
Pratos multifacetados
Considerados os ajustes necessários aos pratos, o Cantaloup está longe da perfeição -mas muito perto do que a cidade pode esperar de um bom restaurante.

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