São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 1996
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Nacionalista chinês morre no mar em protesto anti-Japão

Grupo queria desembarcar em ilhas sob disputa

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Um nacionalista chinês morreu ontem afogado numa tentativa de chegar a ilhas no mar da China Oriental e promover protesto anti-Japão. David Chan, 45, queria colocar a bandeira chinesa num arquipélago que é controlado pelo Japão e reivindicado pela China.
Um grupo de militantes de Hong Kong pretendia desembarcar nas ilhas Diaoyus, como elas são chamadas pelos chineses.
Mas a guarda costeira japonesa, apoiada por diversos aviões que sobrevoavam o barco Kien Hwa 2 com os chineses, impediu que a embarcação chinesa chegasse às ilhas Senkakus, o nome japonês do arquipélago.
David Chan e quatro militantes vestiram coletes salva-vidas, se amarraram a cabos e pularam no mar. Queriam chegar nadando.
Os militantes permaneceram cerca de 15 minutos na água. Chan foi puxado, mas tinha dificuldade para respirar.
Um helicóptero trouxe médicos japoneses. Chan não resistiu e morreu. Um segundo militante foi levado para hospital japonês.
O grupo de Chan queria fincar bandeira chinesa nas ilhas e derrubar um farol construído em julho. Nacionalistas japoneses colocaram a bandeira de seu país no local, reafirmando a soberania de Tóquio na região.
A iniciativa provocou uma onda de protestos antijaponeses na China, Taiwan e em Hong Kong, colônia britânica encravada em território chinês. Taiwan também reivindica o controle das ilhas.
O barco de Hong Kong atracou em Taiwan. O corpo de Chan foi recebido com aplausos e gritos de manifestantes anti-Japão.

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