São Paulo, sábado, 28 de setembro de 1996
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Varig passa por reformulação visual

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Varig quer ser mais rápida e claramente identificada como uma empresa brasileira. Fora do país, é grande o número de pessoas que não sabem qual é o país de origem da companhia.
Esse foi um dos dados mais importantes levados em consideração na reformulação visual da Varig, que está sendo feita pela Landor, empresa americana especializada em design corporativo.
Todos os aviões da Varig serão pintados e reformados para mostrar essa nova "cara". O primeiro avião com novo visual será mostrado ao público no próximo dia 15. Até o tradicional logotipo azul, com uma rosa-dos-ventos, vai ser alterado. Mas não houve modificação na cor do símbolo da empresa.
Prejuízos
A mudança do design faz parte de um plano de reestruturação mais amplo da empresa, que vem registrando prejuízos (de R$ 153,67 milhões no primeiro semestre de 96) e perdendo espaço para as concorrentes.
Cerca de R$ 40 milhões estão sendo investidos pela Varig num projeto de "rejuvenescimento" da empresa, como é chamado internamente, e que inclui também maior informatização, anunciou seu presidente, Fernando Pinto.
Não é apenas o exterior dos aviões que está sendo alterado: também o tecido das poltronas, o revestimento das "paredes" internas e divisórias dos aviões e os uniformes das aeromoças e pilotos.
Será mudada a divisão de espaço interno dos aviões, com mais espaço para os lugares das classes executiva e primeira.
Mudança gradual
O primeiro avião a ser pintado será um Boeing 747. O custo da nova pintura e das mudanças internas de cada avião é estimado entre US$ 80 mil e US$ 90 mil e demora cerca de uma semana.
A Varig tem atualmente 78 aviões, sendo que 58 São usados por meio de leasing. Todos os aviões deverão ser repintados gradualmente, num processo que poderá demorar quatro anos.
Os primeiros aviões com o novo visual vão ser colocados nas rotas de maior "visibilidade", como os vôos para os EUA e para as maiores capitais européias.

Colaborou Patricia Decia, de Nova York

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