São Paulo, sábado, 28 de setembro de 1996 |
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Hipermercados e supermercados de São Paulo mantêm aumentos ARCOS CÉZARI MARCOS CÉZARI
Os hipermercados e supermercados de São Paulo mantiveram, nesta semana, a tendência de pequenas altas em seus preços que já havia sido registrada na anterior. Pesquisa realizada pelo Datafolha mostra que os hipermercados da capital paulista reajustaram seus preços em 0,78% -na semana passada o aumento foi de 0,79%. É a segunda alta consecutiva, após seis semanas de baixas. A exemplo da semana anterior, feijão, arroz e hortifrútis foram os produtos que tiveram as maiores altas. Carnes e derivados de leite também subiram. Os produtos matinais subiram 2,71% após sete semanas consecutivas de baixa. Nos supermercados o aumento foi menor, com 0,27%. Na semana anterior os preços tiveram tendência de estabilidade (alta de apenas 0,02%). Também nos supermercados os maiores aumentos foram para feijão, arroz e carnes. Os hortifrútis, ao contrário do que ocorreu nos hipermercados, tiveram seus preços reduzidos em 0,33%. A pesquisa do Datafolha é feita em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. Nesta semana foram feitas 7.300 tomadas de preços com cem produtos dos setores de alimentação, higiene e limpeza. Apesar dos aumentos nas duas últimas semanas, no acumulado anual as altas para a maioria dos itens fica entre 1% e 2%. Segundo o Datafolha, a exceção ocorre com os produtos hortifrútis, que subiram 2,18% nos hipermercados. A tendência atual de pequenas altas deverá ser incorporada pelos índices do custo de vida nas próximas semanas. "Não há tendência" Para Omar Assaf, vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), "não há tendência de alta". Para ele, "a estabilidade de preços é real no setor". O que existe, segundo Assaf, é uma "acomodação" de preços de tempos em tempos, principalmente em períodos de entressafra. O problema com o feijão, que subiu cerca de 3% segundo o Datafolha, vem ocorrendo há dois meses, quando a saca de 60 quilos passou de R$ 42/R$ 43 para R$ 60, em média. Assaf diz que os produtores tiveram prejuízo no ano passado. Por isso, não apostaram na safra deste ano. Para ele, basta a entrada de boa safra de alguma região para que os preços caiam. No caso do arroz, o vice-presidente da Apas diz que o produto teve pequenas altas nas últimas semanas -os varejistas seguraram estoques. Com a nova safra, prevista para fevereiro, os preços devem baixar. Com a chegada da primavera, Assaf prevê que as pastagens vão melhorar, aumentando a produção de carne e de leite. Assim, em torno de 40 dias os preços devem cair. Assaf ressalta que a relação entre os fornecedores e supermercadistas está "absolutamente tranquila" no momento. Assim, não há falta de qualquer tipo de produto, conclui Assaf. Texto Anterior: Estudo pede ajuste fiscal Próximo Texto: Volks contrata mulheres para linha de montagem em SP Índice |
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