São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997 |
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Justo, Villa Paulistana cobra pelo que oferece
JOSIMAR MELO
O restaurante começou como uma aventura meio sem norte. José Ramon, administrador de shoppings, e Adalberto Calil, advogado, decidiram abrir a casa, mas não tinham definido que tipo de comida serviriam. O tipo de negócio que tem tudo para dar errado. Mas não deu. Para isto contribuiu a assessoria de profissionais do ramo -os consultores Márcia Fukelmann e Paulo Belardi, criadores dos pratos- e o bom senso de um cardápio que, sem ser trivial, cobra preços moderados. Embora ainda não tenha uma cozinha azeitada, o Villa Paulistana transmite ao público a sensação de que vale pelo que está cobrando: um ambiente agradável, arejado, distribuído em dois planos no térreo mais um mezanino. Serviço profissional e pratos com formulações interessantes utilizam gama de ingredientes que foge ao limite usual. Há tropeços oriundos de combinações impróprias -tipo grossos bastões de queijo emmental sobre um carpaccio com alcachofras e alcaparras. Mas há também casamentos mais felizes, como o da massa orecchiette com molho de rúcula, presunto cru, tomate fresco e discreto alho. É verdade que o filé mignon poderia vir num corte mais central e bonito da peça. As saladas da entrada não precisariam ser tão grandes -ou que se avise que devem ser divididas. Guardanapos, deveriam ser de pano, e a escolha de vinhos poderia nos dar mais escolha... Talvez seja o preço a pagar por não pagarmos um preço tão alto na conta. Texto Anterior: Cozinheiros testam livros de culinária Próximo Texto: Anquier une passado e presente do pão francês Índice |
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