São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997
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Acordam no meio da noite para contar sonho

DA REPORTAGEM LOCAL

Mulher que acorda o parceiro no meio da noite para contar um sonho ruim (ou mesmo bom) pode não ser bem interpretada. Mesmo que o parceiro seja da área.
"Não trabalho de madrugada", diz o psicólogo Luiz Alberto Magalhães, 35, cujo sono é leve, e o humor, em casos extremos, péssimo.
"São as duas primeiras coisas que eu aviso quando começo a sair com alguém", afirma ele.
Magalhães não se conforma. "Tem mulher que acha que psicólogo é como padre, está sempre pronto a ouvir um desabafo."
O engenheiro Marcos Andrade, 37, acredita que as mulheres "analisadas" são as piores.
"Fujo delas", diz. "Mulher que faz psicanálise, para mim, é igual à que toma vodca: tem mania de conversa profunda."
Andrade despreza a psicanálise, mas acredita no "terrorismo psicológico". Ele usa muito quando é abordado durante o sono.
"Começo a falar palavrões entre dentes, de olhos fechados, como se estivesse tendo um sonho ainda pior que o dela", diz.
No caso do gerente do restaurante Roppongi, Carlos Henrique Mendonça de Almeida, 29, a mulher tem de ser muito insistente."Durmo que nem uma pedra."
Almeida desencoraja qualquer uma. "Ouço tudo dormindo."

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