São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997 |
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Os grandes números da economia Inflação (IGP-M, em %) 95 - 15,25 96 - 9,20 97* - 6,0 O IGP-M, como o IGP-DI, mede também os preços no atacado. O IPC da Fipe, exclusivo dos preços ao consumidor em SP, deve recuar de 23,16% para 10%. Para 97 é esperada média mensal de 0,5%, com 6% no ano Atividade (Var. % do PIB) 95 - 4,26 96 - 3,0* 97 - 4,0* O crescimento foi menor em 96, porém sem o pico/queda de 95. O setor de serviços deve liderar, com 3,5%, seguido pela agropecuária (3,3%). Indústria deve crescer 1,1%, com bom desempenho nos bens de consumo duráveis Taxa de investimento (% do PIB) 95 - 16,6 96 - 16,5* 97 - 17,0* Vem reagindo, puxada pelo setor privado, principalmente estrangeiro, mas está aquém dos níveis ideais (acima de 20% do PIB). O Estado, carro-chefe no passado, está falido. Governo confia nos investimentos externos e na privatização Balança comercial (US$ bilhões) 95: -3,2 96: -5,0* 97: -6,5 a -8* Apesar das restrições de 95, as importações pressionam a balança (previstos US$ 53 bilhões em 96) e exportações sobem pouco (US$ 48 bilhões). Governo espera reação das vendas em 97, mas compras no exterior ainda devem gerar déficits Déficit em conta corrente (% do PIB) 95 - 2,5 96 - 3,0* 97 - 3,5* Somando o déficit comercial e o da conta de serviços (juros da dívida etc.), o rombo deve superar US$ 20 bilhões em 96, coberto com a entrada de capitais. A perspectiva é de déficit maior em 97. É o ponto nevrálgico do Real Déficit público operacional (% do PIB) 95 - 4,8 96* - 4 97* - 2,5 a 3,2 Piora das contas de Estados e municípios deve levar o déficit total do setor público a fechar 96 em torno de 4% do PIB. Dívida mobiliária incha com juros e entrada de dólares. Privatizações podem ajudar em 97, mas ajuste é lento Taxa de juros (CDI, em %) 95 - 53,21 96 - 27,10 97 - 19,0* Taxas nominais caíram bastante em 96. As reais (acima da inflação) também recuaram. Mas isso foi mais sentido na ponta das aplicações. Queda no crédito foi insuficiente para estimular investimentos e aliviar o caixa das empresas Inadimplência Títulos protestados, em milhões 95: 8,5** 96: 7,1** 97: - Queda dos juros e expansão do crédito em 96 contribuíram para amenizar o problema da indadimplência, mais grave em 95. Mas ainda é um complicador por ter efeito em cadeia. Primeiro trimestre de 97 indicará tendência Desemprego (% da PEA em out., IBGE) 95 - 5,1 96 - 5,1 97 - - Nível de ocupação cresce, porém sem fôlego para atender à procura e com empregos mais precários. Somado desemprego oculto, taxa vai a 14% em SP (Seade-Dieese). Serviços é setor em expansão. A indústria enxuga vagas Consumidor paga 7,5% de juros m média ao mês, quando financia bens de consumo nas grandes redes, contra 11% no final de 95 SPC recebeu 1,48 milhão de consultas para financiamento em SP em dezembro passado, contra 1,15 milhão no mesmo período de 95 (*) Estimativa (**) Janeiro-novembro Fontes: BC, CNI, Serasa, bancos e consultorias Texto Anterior: Balança vira termômetro para saúde da economia Próximo Texto: Empresas e fisco estadual ainda brigam por correção Índice |
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