São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O calendário da reeleição

12/1
- Convenção do PMDB. Partido deve liberar os parlamentares para votar de acordo com suas posições pessoais o projeto que permite a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. O presidente do partido, Paes de Andrade (CE), é contra a reeleição. O líder do partido na Câmara, Michel Temer (SP), defende o projeto

13/1
- Votação do projeto de reeleição na comissão especial, etapa preliminar da votação em plenário. A reunião da comissão foi marcada para segunda-feira para dar tempo de votar os dois turnos da emenda ainda em janeiro, durante a gestão de Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) na presidência da Câmara.
O projeto do relator, Vic Pires Franco (PFL-PA), favorável a FHC, precisa da maioria dos votos da comissão (mínimo de 16) para ser aprovado

15/1
- Convocação de sessão extraordinária à noite para votação da emenda da reeleição em primeiro turno no plenário. A sessão extraordinária é necessária para o governo ganhar tempo: o regimento interno estabelece um intervalo mínimo de duas sessões ordinárias entre a votação na comissão e a votação no plenário.
A peça-chave para o governo na votação é o próprio presidente da Câmara, Luís Eduardo (PFL-BA), que trabalha a favor de FHC

22/1
- Sessão extraordinária à noite para votação da emenda da reeleição em segundo turno. Entre os dois turnos de votação é preciso cumprir o prazo de cinco sessões ordinárias. O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), declarou que pretende ampliar a margem de votos favoráveis à emenda. Ele contabiliza 320 votos favoráveis, 12 a mais que o mínimo de 308

2/2
- Eleição do presidente do Senado. Disputam Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) -o favorito do Planalto- e Iris Rezende (PMDB-GO). O resultado terá influência direta na disputa pelo comando da Câmara

4 ou 5/2
- Eleição do presidente da Câmara. Disputam Michel Temer (PMDB-SP), Wilson Campos (PSDB-PE) e Prisco Viana (PPB-BA). A eventual vitória de ACM no Senado favoreceria Temer na Câmara. A disputa, no entanto, pode gerar crise na base de sustentação do governo. Por isso a necessidade de votar a emenda da reeleição antes da mudança de comando da Câmara.

Texto Anterior: Risco da demora leva ao "tudo ou nada"
Próximo Texto: Decisão do PMDB define futuro de FHC
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.