São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997
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Bertioga pede 'socorro' a governador

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS; DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de Bertioga, Luiz Carlos Rachid (PSD), tem um encontro marcado hoje com o governador Mário Covas (PSDB), em São Paulo.
Rachid vai reivindicar a liberação de R$ 1,6 milhão para a cidade, que entrou em estado de calamidade pública na última sexta-feira por decreto do prefeito.
Segundo o prefeito, o dinheiro será utilizado na compra de equipamentos, material e contratação de pessoal para o único hospital da cidade.
A crise no hospital -que atendia 200 e passou a atender 600 pessoas por dia na temporada- é o principal motivo que levou à decretação da calamidade.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Marcos de Carvalho, 42, não havia água no hospital durante o último final de semana. "Não dava nem para lavar as mãos entre uma consulta e outra."
Rachid pretende aplicar outra parte da verba -caso seja concedida- para ampliar a capacidade do município de coletar lixo.
A cidade ainda sofre com a falta d'água, causada pelo excesso de população -a prefeitura estima que na temporada a população tenha crescido de 30 mil (moradores fixos) para 300 mil pessoas.
No último final de semana, a Sabesp (companhia estadual fornecedora de água) ampliou de três para seis o número de caminhões-pipa que estão fazendo o abastecimento em Bertioga.
Os caminhões abastecem escolas, hotéis, pousadas e o hospital. As casas que têm água são as dos condomínios fechados que dispõem de rede própria -Morada do Sol, Morada da Praia e Riviera de São Lourenço, onde o governador Covas possui uma casa.
Mesmo assim, Rachid vai manter a decretação até que o governo do Estado libere a verba pedida.
"Daqui a pouco teremos o feriado do Carnaval e precisamos estar com uma boa infra-estrutura para suportar o público esperado -cerca de 400 mil pessoas", disse o prefeito.
O presidente da associação comercial de Bertioga, Fernando Sena, 45, ser reuniu ontem com o prefeito. Ele disse querer reverter a má imagem da cidade veiculada pela imprensa, nos últimos dias.
"Essa história de estado de calamidade causa uma má interpretação de muitas pessoas. Estamos prontos para receber os turistas."

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