São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997![]() |
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O palco da guerra da reeleição 1. Palácio do Planalto 13.01 - 15h00 Com as sucessivas derrotas na convenção do PMDB de domingo, FHC convoca líderes do PMDB para uma reunião, exige a votação da reeleição e ameaça com a retirada dos cargos que os parlamentares tem no governo. "O PMDB não pode estar no governo e ficar fora das decisões, como se fosse oposição", disse FHC 2. Apto. do senador Ronaldo Cunha Lima (asa sul) 13.01 - 17h30 Senadores presentes ao encontro com FHC (Sarney, Jader Barbalho, Iris Rezende e Humberto Lucena) se reúnem no apartamento do senador paraibano. Concluem que o tom da cobrança de FHC foi exagerado e decidem que o partido deve respeitar a convenção do PMDB, que propôs o adiamento da votação da reeleição para depois do dia 15 de fevereiro 3. Apartamento da dep. Maria Elvira 13.01 - 17h30 Os seis deputados do PMDB que integram a comissão especial se reúnem para tentar chegar a um consenso. Os deputados João Natal (GO) e José Aldemir (PB), ligados aos senadores Iris Rezende (GO) e Ronaldo Cunha Lima (PB) se negam a votar a emenda. Temer tenta dissuadi-los, afirmando que, se o partido deixasse de votar a emenda na comissão hoje estaria fora do governo. Não teve sucesso 4. Hotel Bonaparte 13.01 - 20h30 Os senadores do PMDB que se reuniram com FHC convocam os demais senadores do partido para um encontro no hotel Bonaparte. Relatam a reunião com FHC e designam o senador José Fogaça (RS) para informar aos deputados do partido que quem votar a emenda antes de fevereiro pode sofrer sanções 5. Casa do dep. Fernando Diniz (MG) 13.01 - 19h Os peemedebistas da comissão especial vão à casa do deputado Fernando Diniz, onde já se encontram os líderes do partido na Câmara e demais deputados do partido. O senador José Fogaça chega afirmando que os deputados podem até votar na comissão especial, mas não no plenário da Câmara, pois estariam desobedecendo a convenção. Deputados governistas se revoltam com a ameaça 6. Presidência da Câmara 13.01 - 18h30 Enquanto o PMDB radicaliza a disputa interna, a cúpula pefelista faz plantão no gabinete da presidência da Câmara, comandado pelo senador Antonio Carlos Magalhães (BA) e pelo filho, deputado Luís Eduardo (BA). Os pefelistas comemoram o ultimato de FHC ao PMDB. Peemedebistas governistas, como Aloysio Nunes Ferreira (SP), Moreira Franco (RJ) e Alberto Goldman (SP) frequentaram o plantão dos pefelistas 7. Gabinete de Luiz Carlos Santos 13.01 - 19h Mesmo com a disputa se acirrando no PMDB, o ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) se reúne com líderes governistas para contar votos e definir a estratégia de votação da reeleição na comissão especial, que deveria ter acontecido hoje e acabou sendo adiada Palácio da Alvorada 21h30 FHC convoca governadores e líderes tucanos para um jantar no Alvorada. Eles concluem que não dá para negociar com o PMDB, pois é um partido fragmentado -o governo fecha um acordo com uma parcela e desagrada o resto. Às 23h, chegam os deputados peemedebistas Maria Elvira (MG), João Natal (GO) e José Aldemir (PB). FHC pede o apoio do partido. Os três se convencem de que devem votar na comissão, mas voltam atrás no dia seguinte. A reunião de FHC com os tucanos se estende até 2h30 da madrugada de ontem 8. Comissão especial da Câmara 14.01 - 9h Por falta de quórum, a reunião da comissão especial é adiada para as 11h. Governistas iniciam uma série de reuniões para tentar votar a emenda e mostrar que o governo conseguiu dar a volta por cima. Inocêncio chega a dar um murro na mesa e cobra de Temer a substituição dos dissidentes. O PMDB, porém, consegue convencer o governo que não custa nada esperar mais um dia para não rachar ainda mais o partido Adiamento da votação 11h A comissão se reúne e aprova requerimento para adiar a votação para hoje. Tucanos se reúnem para dar apoio ao governo Texto Anterior: Negociação com PMDB volta à estaca zero Próximo Texto: PMDB adia para hoje votação em comissão Índice |
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