São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Senador nega envolvimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Francisco Escórcio (PFL-MA) negou que tivesse pedido ao delegado do Ministério das Comunicações no Maranhão, Itaqué Câmara, que engavetasse denúncias contra rádios piratas.
Segundo ele, o contato que teve com Câmara foi para pedir a liberação de equipamentos de rádios piratas do Maranhão que haviam sido apreendidos.
O senador disse que foi à inauguração da rádio pirata em Zé Doca, no Maranhão, mas que não sabia que seu dono, José Freire da Silva, o Parente, pretendia utilizá-la com fins eleitoreiros.
O presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), disse, por meio de sua assessoria, que não conhece Parente e que irá acionar a Polícia Federal para investigar se seu nome está sendo usado com má-fé.
Sarney afirmou que diariamente atende pedidos para posar para fotos com pessoas que não conhece.
Antônio Zucco Júnior, da Radiocom, disse que não tinha conhecimento de que Parente pretendia usar suas rádios piratas na campanha eleitoral do ano que vem.
A assessoria do deputado Sérgio Naya (PPB-MG) disse que ele não está instalando rádios piratas e desafiou Zucco Júnior a provar o contrário.
O delegado do Ministério das Comunicações no Maranhão, Itaqué Mendes Câmara, disse que não combinou com Escórcio segurar denúncias contra rádios piratas no Maranhão.
O Ministério das Comunicações afirmou que irá continuar lacrando emissoras ilegais enquanto não for aprovada a regulamentação das rádios comunitárias.
A assessoria informou que, caso seja comprovado envolvimento de funcionários do ministério na operação de rádios irregulares, eles serão demitidos.
José Freire da Silva, o Parente, disse que suas rádios piratas estão servindo à comunidade. "As rádios não são minhas, são do povo."
Segundo Silva, não partiu dele nenhum pedido para que Escórcio intercedesse a seu favor no Ministério das Comunicações.

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