São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Escola pública cobra taxas

FERNANDO ROSSETTI
DO ENVIADO ESPECIAL

A crescente autonomia de gestão financeira das escolas mineiras, além de uma maior responsabilidade da comunidade na administração, está gerando uma prática cada vez mais frequente: a cobrança de taxas na rede pública de ensino.
A Escola Estadual Prof. Francisco Brant, por exemplo, acaba de inaugurar um laboratório de informática.
Até este mês já terá trabalhado com dez turmas os conceitos introdutórios à área e aos programas Windows, Word e Excel.
"Esses computadores chegaram do governo, só que não há previsão de verba de manutenção", afirma o professor de introdução à informática da escola, Agostinho da Fonseca.
"Então, a comunidade tem que contribuir. Estamos cobrando uma taxa de R$ 25,00 antes do curso e outra de R$ 25,00 quando termina o curso", afirma.
A escola, além de computação, teve um projeto experimental no ano passado de "orientação afetivo-sexual" -que é uma das inovações que devem surgir em todo o país com os novos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC.
Já em Igarapé, município da Grande Belo Horizonte, a boa nova para os estudantes das escolas estaduais da região é um novo núcleo de línguas, com duas salas para 20 a 25 alunos cada.
Preço do material: R$ 17,00 na primeira etapa e R$ 21,00 na segunda. "Os alunos ficaram com um interesse dobrado no ensino por causa do núcleo", diz a secretária municipal de Ensino, Maristela Palhares da Silva.
A cobrança de taxas pela própria comunidade também está aumentando durante a matrícula.
(FR)

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