São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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"S.O.S. Computadores recebeu denúncia de irmão do franqueado

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

S.O.S. Computadores recebeu denúncia de irmão do franqueado
Uma denúncia de um irmão de um franqueado teria levado a S.O.S. Computadores a excluir, no dia 19 de dezembro, um dos parceiros da rede.
Segundo o advogado Flávio Menezes, representante da empresa, Herbert Vaeni Mendes Tartaroti, irmão do franqueado Eisenhower Roosevelt Mendes Tartaroti, foi quem procurou a S.O.S. afirmando que estava sendo praticada quebra de sigilo do negócio.
Em documentos anexados no pedido de medida cautelar inominada concedida pela juíza Lilia Lúcia Pellegrini Venosa, da 31ª Vara Cível de São Paulo, o advogado relata o depoimento de Herbert.
O irmão do franqueado diz ter sido convidado a participar da Make Up Informática -aberta em outubro de 95- como "testa de ferro", juntamente com uma irmã. Essa empresa atuaria no segmento de franquia. A Make Up chegou a abrir dez unidades.
Tecnologia
Conforme o depoimento apresentado na documentação, Herbert teria dito que seu irmão usou a tecnologia e o know-how da S.O.S. e estaria abrindo a empresa em nome de outras pessoas porque estaria impedido.
Ex-funcionário
Ex-funcionário da S.O.S., Eisenhower ficou sócio do franqueador, Palmiro Ramos Filippini Júnior, na unidade Tatuapé em 92.
Quase dois anos depois, abriu a unidade de Mogi das Cruzes (50 km a leste de São Paulo) e, em julho de 95, o franqueado assinou um contrato de pré-franquia para a unidade Penha.
O franqueado entrou com um recurso na Justiça tentando reverter a liminar, mas foi negado.
Com a medida liminar concedida, foram retirados os letreiros da S.O.S. das empresas de Eisenhower -as unidades Penha e Mogi das Cruzes-, além da exclusão dele da sociedade minoritária na unidade Tatuapé.
Segundo Menezes, foi realizada uma reunião entre franqueado e franqueadora em que a S.O.S. propôs a compra das unidades de Eisenhower, mas não houve acordo.
"Na unidade Tatuapé ele tinha 30% e foi excluído por alteração do contrato social. Agora, estamos fazendo uma avaliação para verificar quanto ele tem de receber", diz Menezes.
A franqueadora pediu na Justiça a rescisão de contrato com o franqueado e está para entrar com outra ação pedindo indenização por uso de tecnologia indevida e por concorrência desleal.
Outro lado
"Eles me acusam de ter aberto outra escola. Essa escola, a Make Up Informática, existe e é dos meus irmãos. Quero ver eles provarem", diz Eisenhower.
Marjorie A. Almajian, advogada do franqueado, diz não poder negar que Herbert teria dado seu depoimento à S.O.S.
Ela afirma, no entanto, ter anexado em um agravo de instrumento, tentando cassar a liminar, informações sobre os motivos que levaram o irmão de Eisenhower a falar. "Há várias coisas documentadas, mas não posso falar", diz a advogava. Mencionando a palavra "ofertas", ela afirma ter documentos "contundentes".

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