São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Médicos investigam meningite química

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A comunidade médica brasileira procura causas da meningite química que provocou quatro mortes -entre o segundo semestre de 95 e o primeiro semestre de 96- e 18 casos da doença no Paraná.
A Vigilância Sanitária do Paraná suspendeu a venda do medicamento anestésico Neocaína (produzido pelo laboratório Cristales) de julho a dezembro de 1996. O medicamento, à base de bupivacaína, era o principal suspeito.
Além do Cristales, dois laboratórios produzem o medicamento. Antes da proibição da venda do produto -usado na anestesia raquidiana-, o Cristales distribuiu no Estado 30 mil doses.
O mais intrigante para a Vigilância Sanitária e para a Sociedade Brasileira de Anestesiologia é que os casos ocorreram em regiões restritas. Os 18 casos da doença no Paraná ocorreram em Cascavel (oeste do Paraná), Maringá (noroeste do Estado), Irati e Curitiba (leste do Paraná). Em São Paulo, a meningite química ocorreu em Marília. No Rio Grande do Sul, aconteceram casos em Frederico Westephalenn e Bento Gonçalves.
O Instituto Adolfo Lutz não encontrou nenhuma anormalidade na Neocaína. Pesquisa similar está sendo feita pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Saúde. A Folha tentou falar ontem por telefone com o gerente administrativo do Cristales Achiles Neto, mas não obteve resposta.

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