São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Secretário atribui redução a programa

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo afirmando que os dados do Pro-Aim diferem dos números oficiais, o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, acha que a diminuição do número de homicídios é reflexo do sucesso do Pisc (Programa Integrado de Segurança Comunitária).
O Pisc foi criado pelo governo do Estado no início de 1996 e consiste em ampliar o número de carros e de policiais nas regiões mais perigosas da cidade, principalmente as periferias das zonas leste e sul.
"Os dados da prefeitura mostram que onde o Pisc foi implantado o número de homicídios caiu. É um sinal de que estamos no caminho certo", declarou o secretário.
O número oficial de homicídios em São Paulo no ano passado será divulgado amanhã ou quarta-feira pela Secretaria da Segurança Pública e deve apontar um aumento. O crescimento é menor que nos anos anteriores.
A disparidade entre os números da prefeitura e do Estado se justifica pela metodologia utilizada. A secretaria considera o local onde a pessoa morreu, enquanto para o Pro-Aim o que vale é o local onde o morto vivia.
Na opinião do secretário, muitos moradores das cidades-dormitório da Grande São Paulo podem ter sido assassinadas em São Paulo. Isso seria uma explicação para o número menor de mortos apontado pelo Pro-Aim.
Ampliação
O secretário considera que o surgimento de novos bolsões de violência pode ser resolvido com a ampliação do Pisc.
Ele não confirmou se o grande aumento no número de homicídios apontado pelo Pro-Aim em bairros como Vila Brasilândia e Jabaquara também se verifica nos dados da secretaria.
Mas, segundo ele, é natural o aumento da criminalidade em regiões de menor policiamento.
"É provável que alguns elementos que atuavam na zona sul tenham se deslocado para atuar em outras regiões da cidade."
"Precisamos combater esses criminosos, e a melhor maneira é com a ampliação do Pisc", disse José Afonso.

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