São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997 |
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Compre CDs sem onerar seu orçamento
EDSON FRANCO em AustinA capital texana é o lugar ideal para quem quiser ampliar a coleção de discos sem gastar muito. Além de filiais de grandes redes, como Tower Records e Blockbuster Music, Austin tem um grande mercado de CDs usados. E quem espera encontrar apenas velharias desinteressantes nessas lojas vai se surpreender. Em geral, elas são abastecidas com excedentes das coleções que estudantes duros, amadurecidos musicalmente ou com notas baixas -após interferência paterna- deixam nos balcões. É impressionante a velocidade com que os estudantes enjoam das novidades musicais. Nas lojas de usados, é comum encontrar o CD mais recente de bandas que ainda causam furor no Brasil. Os preços começam em US$ 4,99 e dificilmente passam dos US$ 10. O 11º é grátis Com sua enorme coleção, a CD Warehouse (2.001 Guadalupe, tel. 001-512/477-3475) é a melhor loja de usados da cidade. Além de vender usados, ela é ponta de estoque de grandes gravadoras. E, a cada dez discos comprados, você leva mais um grátis. Em dezembro, blueseiros deixavam a loja com o CD "Damn Right I've Got The Blues", de Buddy Guy, por US$ 8,99. Roqueiros pagaram US$ 5,99 por "Superunknown", do Soundgarden. A poucos metros da CD Warehouse, instalada no confortável e um tanto deserto shopping 26 Doors, fica a Disco Go Round (2.025 Guadalupe, tel. 001-512/479-7779). Sem a variedade de títulos da vizinha, essa loja traz boa seleção de rock e pop, mas fica devendo nos quesitos country, jazz e blues. Compensa as lacunas com um ambiente arejado e um pessoal de atendimento bem treinado. O preço médio dos discos é de US$ 7,99. Grandes redes Cansada de emprestar suas "listening stations" (equipamento para audição de CDs) para pessoas que terminavam comprando o que acabaram de ouvir no Wal-Mart, a Tower Records (2.402 Guadalupe, tel. 001-512/478-5711) decidiu entrar na guerra dos preços. Nas semanas que antecederam o Natal, a loja estava vendendo por US$ 8,99 discos de gente como Ella Fitzgerald, Miles Davis, David Bowie, Madonna e Neil Young. Promoções à parte, o forte da loja é o catálogo. Dificilmente você deixará as amplas dependências do estabelecimento sem o que procura. Qualquer que seja o estilo, MPB inclusive. A loja ainda tem livros sobre música, revistas, video lasers, fitas de vídeo e CD-ROMs. Sua concorrente mais forte é a Waterloo (600-A North Lamar, tel. 001-512/474-2500). Essa última perde feio no capítulo organização. Quem prefere vasculhar sozinho os acervos das lojas, sem a ajuda de balconistas, vai perder muito tempo decifrando o sistema de distribuição dos CDs. Na entrada, a loja expõe os lançamentos e os discos mais vendidos. Depois, em inúmeras estantes, são expostos os discos em ordem alfabética, sem nenhuma divisão por estilo. A Waterloo é talvez a única loja do mundo em que você encontra um disco do Djavan próximo a um do Bob Dylan. É uma loja para quem sabe exatamente o que quer e precisa da ajuda dos balconistas, por sinal, sempre atentos e dispostos. O preço médio na loja é de US$ 15. Shopping center Como reza a praxe, a capital do Texas também tem lojas de discos em shopping centers. Exemplo é a Camelot Music (2.901 Capitol of Texas Highway), no interior do shopping Barton Creek Square. Mas, além do estacionamento fácil e do ar-condicionado, lojas desse tipo têm muito pouco a oferecer para quem já visitou os estabelecimentos no centro. Só é justificável para aqueles que são obrigados a fazer compras com a família. Para esses fica o aviso: dá para vasculhar todo o acervo da loja no mesmo tempo em que uma mulher prova duas blusas e uma calça na Gap. Texto Anterior: Rua musical da cidade é macumba para turistas Próximo Texto: Loja de suvenires musicais desafina Índice |
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