São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997 |
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Prefeitura libera lotação, táxis e zona azul
ROGÉRIO GENTILE; CRISPIM ALVES
Eles poderão fazer o transporte de passageiros com a garantia de que não serão multados, segundo o secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo. O secretário disse também que os taxistas poderão fazer lotação e os corredores de ônibus vão estar livres para o tráfego de automóveis. O estacionamento na zona azul será liberado sem o uso do cartão. Os cartões eventualmente usados hoje poderão ser reutilizados em outro dia. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomenda que a população evite se deslocar nos horários de pico -das 7h às 9h e das 17h às 20h. A prefeitura requisitou à Secretaria da Segurança Pública reforço do policiamento nas garagens de ônibus e nos terminais de integração para garantir a segurança de quem não participar da greve. O metrô não terá nenhum esquema especial de transporte. Perueiros Algumas associações de perueiros montaram esquema especial para hoje, caso a greve de ônibus realmente aconteça. Na zona norte da cidade, o trabalho dos cerca de 3.000 perueiros será intensificado. As escalas, utilizadas em dias normais, serão dispensadas e todas as peruas poderão circular o dia inteiro. Não haverá aumento da tarifa do lotação. "Hoje, a população tem opção de transporte. Na zona norte, ninguém vai sentir falta dos ônibus. Vai ser até melhor, porque o trânsito vai fluir bem", afirmou Márcio Corrêa, presidente da associação naquela região. Na região sul, onde há também cerca de 3.000, as peruas vão sair em pares desde o início da manhã. Uma delas deixará o ponto com a lotação esgotada e será seguida por uma outra vazia para apanhar os passageiros no meio do percurso. Também não haverá escala entre os motoristas. Uma equipe com fiscais da associação de perueiros irá percorrer as linhas atrás de motoristas que estiverem cobrando acima dos R$ 0,80 da tarifa. Quem for pego cobrando acima do valor poderá ser suspenso por três dias. Laércio Ezequiel dos Santos, presidente da entidade na zona sul, disse temer que os perueiros cujas linhas passam em frente a garagens de ônibus sofram algum tipo de agressão dos grevistas. (ROGÉRIO GENTILE e CRISPIM ALVES) Texto Anterior: Férias forenses Próximo Texto: Perueiros ameaçam guerra Índice |
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