São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Testemunhas podem ser presas

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Os frentistas Antônio Clarete e Flávio de Almeida Bastos poderão sair presos do julgamento de hoje.
O advogado de Guilherme de Pádua, Paulo Ramalho, pedirá aos sete jurados que decretem a prisão das testemunhas por falso testemunho. Ramalho tentará desmoralizar os frentistas, cujos depoimentos são a base da sustentação da promotoria.
Bastos afirma que viu Daniella Perez abastecer seu Escort no posto Nova Alvorada pouco antes de ser achada morta em uma rua na Barra da Tijuca (zona sul).
Segundo o frentista, ao deixar o posto, o carro foi fechado por um Santana, de onde desceu um homem que desferiu um soco em Daniella, jogando-a dentro do Escort. Esse homem seria Pádua.
Clarete diz que removeu com querosene e produtos para limpeza de estofados manchas de sangue que teria encontrado no Santana usado por Pádua na noite do crime. Ele trabalhava no posto Nova Ipanema, na Barra da Tijuca.
Pádua sempre negou que tivesse levado o carro ao posto para lavagem. Ele diz que Daniella foi morta fora do carro.
O advogado de Pádua disse que os laudos do processo asseguram que Daniella morreu no local onde o corpo foi achado. A perícia também não encontrou sangue e querosene no Santana periciado.
"As histórias dos frentistas são ridículas, fantasiosas e desmoralizam a acusação. Eles vão sair presos do tribunal", disse Ramalho.
Paula
O desmembramento do júri favorece a defesa da ré Paula Thomaz. Com a separação dos julgamentos, a defesa poderá traçar sua estratégia a partir do resultado do primeiro júri.
No caso de Guilherme de Pádua vir a ser condenado, a situação de Paula passará a ser considerada boa pelo advogado Carlos Eduardo Machado. A condenação significará que os jurados não acreditaram na versão de Pádua de que foi sua ex-mulher quem aplicou os golpes que levaram Daniella Perez à morte.
(ST)

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