São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997 |
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Os pontos de divergência entre Covas e Pitta Educação Covas - tem como meta a municipalização do ensino fundamental, de primeiro grau Pitta - quer aumentar de 810 mil para 1 milhão o número de vagas nas escola municipais de 1º grau. Discorda, porém, em absorver todo o ensino fundamental e não quer abandonar completamente o 2º grau Metrô Covas - pretende ter a ajuda do município na construção de novas linhas Pitta - assim como seu antecessor, diz estar disposto a contribuir. Mas, na gestão Maluf, faltou vontade política. Além disso, o prefeito tem no fura-fila, e não no metrô, seu projeto pessoal para a área de transporte público Segurança Covas - aposta na política de convênios com os municípios: o Estado entra com os homens e as prefeituras, com recursos como carros e instalações. O governador acredita que a municipalização da polícia pode burocratizá-la, criando problemas de competência em regiões fronteiriças entre cidades Pitta - defende municipalizar a polícia, ou seja, passá-la ao seu controle. Depende, para tanto, de reforma constitucional (hoje, a segurança pública é de competência estadual). O prefeito não quer sugerir novos convênios com o Estado para não esvaziar o debate em torno da reforma da Constituição Saúde Covas - entende que há problema legal em transferir unidades (hospitais, postos de saúde), que hoje atendem pelo SUS, para o município se a prefeitura as incorporar ao PAS. A Secretaria da Saúde estadual espera um contato do secretário municipal para que propostas sejam apresentadas. Nas mesma áreas da cidade de São Paulo, há unidades de saúde do estado e da Prefeitura com o mesmo tipo de atendimento, quando o ideal seria a diversificação Pitta - tem o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) como bandeira herdada da gestão passada e não pode abandoná-la. Pretende direcionar suas unidades para o atendimento básico, primário, e para as emergências. Ao Estado caberia o setor terciário (cirurgias complexas) da saúde, pois o governo estadual já oferece este serviço Meio Ambiente Covas - sabe que há convênio, firmado no governo Fleury, que concede ao município de São Paulo a competência para instaurar programa de controle de emissão de poluentes por veículos. Ao governador caberia instituir o mesmo programa nas demais áreas metropolitanas do Estado. Covas, entretanto, diz que o assunto é controverso e depende de negociações Pitta - apesar de haver ação na Justiça contestando a licitação feita pela prefeitura, Pitta não está disposto a abrir mão de implantar o programa de inspeção e manutenção (I/M) de veículos na cidade Os pontos onde pode haver acordo Rodoanel - União, Estado e município fizeram acordo na semana passada para tocar, em conjunto, obras de um anel viário que interligue as principais rodovias que convergem para a cidade de São Paulo. A divisão dos custos -Pitta defende a participação de todos os municípios por onde o anel passará- e a contestação de entidades de defesa do meio ambiente são fatores que podem emperrar o projeto Enchentes - a prefeitura tem política de construção de piscinões e canalização de córregos para conter as enchentes. O Estado tem visão mais globalizada do problema. Já há estudo conjunto de megadrenagem em andamento Texto Anterior: Covas e Pitta fazem 'encontro de intenções' Próximo Texto: Custo de rodoanel de São Paulo é estimado em US$ 2 bilhões Índice |
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