São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Reeleição faz Bovespa seguir à deriva

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de São Paulo continua acompanhando atentamente as negociações em Brasília em torno da emenda que vai permitir FHC candidatar-se novamente.
Como o futuro do projeto presidencial parece incerto no momento -e nem mesmo a data de votação em plenário está confirmada-, a Bolsa tem operado à deriva: não encontrou tendência a seguir, depois que as negociações no Congresso emperraram.
Ontem, por exemplo, o mercado paulista abriu com queda em seus principais papéis, chegando a cair 1,06%, na mínima do dia, para depois começar a subir -até 1,12%.
No fechamento, o Ibovespa registrou alta de 0,88% com relação ao fechamento do dia anterior.
O volume de negócios cresceu, comparado ao movimento fraco do dia anterior -provocado pelo feriado em Nova York e no Rio de Janeiro-, e no final do pregão era de US$ 449,8 milhões.
O volume assim voltou praticamente ao nível médio registrado nos 12 dias de negócios de janeiro (US$ 503 milhões), o que demonstra que o investidor já "incorporou" a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Câmbio
O mercado de câmbio viveu ontem um dia em que as expectativas mais pessimistas foram desarmadas, com as cotações para entrega futura, negociadas na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), recuando ao longo do dia.
A primeiro razão para a reavaliação "para baixo" do mercado de dólar foi o leilão de NTNs cambiais (Notas do Tesouro Nacional), títulos que pagam ao investidor variação cambial mais juros.
Proteção
Esses títulos servem para acalmar o mercado, pois os investidores que os compram ficam protegidos de uma eventual mudança no rumo da política cambial -ou mesmo no caso das desvalorizações do real se acelerarem.
No caso das cotações da BM&F, o mercado continua projetando uma variação mensal da taxa de câmbio de 0,86% ao mês até julho.
Outra notícia que foi bem recebida pelo mercado foram as declarações do ministro Pedro Malan (Fazenda), que afirmou que o sistema de minibanda, para as cotações do dólar, será "aperfeiçoado".

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