São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Sé Supermercados estuda abrir capital

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Administrar supermercados está cada vez mais difícil. O setor cresceu com a estabilização e a concorrência ficou muito mais acirrada do que há alguns anos. Oferecer apenas preço baixo já não significa muito para as redes.
A advertência vem do ``Executivo do Ano" no setor em 96, Peter Hardtmeier, diretor-presidente da rede Sé Supermercados.
Exatamente para driblar essa situação adversa de mercado, o Sé está buscando novos caminhos, que incluem, inclusive, a abertura de capital.
A empresa não tem uma data definida, mas já está conversando com os bancos. Hardtmeier diz que essa medida é necessária para acelerar o crescimento.
Com abertura do capital, a rede poderá abrir pelo menos duas novas lojas por ano. Atualmente abre três a cada dois anos.
Entrega em domicílio
A curto prazo, o Sé está buscando a diferenciação da maioria das outras redes com novas ofertas de serviços.
Entre esses serviços está a ampliação da entrega de mercadorias em domicílio.
Hoje limitado a meia dúzia de lojas, o serviço de entrega deve ser estendido a toda a rede, com a criação de um centro de distribuição na loja da rodovia Raposo Tavares.
Além disso, a rede pretende aumentar para 75 o número de produtos com sua própria marca, contra os 45 atuais.
Importação
A importação feita pela própria rede também deve crescer. Tradicional importador de bebidas, principalmente vinhos, o Sé ampliou suas compras externas para alimentos e produtos de bazar.
Os investimentos do Sé devem somar US$ 9 milhões em 97, contra US$ 15 milhões em 96. O investimento virá de recursos próprios e será destinado para a reforma e abertura de lojas.
O faturamento de 96 foi de US$ 500 milhões, com crescimento real de 13%. Em 95, o faturamento da rede tinha crescido 17%.

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