São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 1997
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PFL já admite acordo com PMDB para reforma política

EMANUEL NERI

EMANUEL NERI; FÁBIO GUIBU
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

Partido aceita votar projeto após aprovação da emenda da reeleição

FÁBIO GUIBU
O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), disse ontem que o governo está disposto a fechar acordo com o PMDB para aprovar a reforma política defendida pelo partido, mas não concorda que seja votada junto com a reeleição.
Inocêncio acompanhou Fernando Henrique Cardoso na visita que o presidente fez ontem a Pernambuco, para lançar projeto de bolsa de estudos para crianças que trabalham no campo. Ele disse que o governo já tem 330 "votos garantidos" para a reeleição.
No caso do acordo para a reforma política, Inocêncio afirmou que já há um "compromisso assumido" com o PMDB. O governo, segundo ele, daria apoio para que a proposta dos peemedebistas entrasse em pauta de votação após a aprovação da emenda da reeleição.
Segundo Inocêncio, o acordo da reforma deve incluir fidelidade partidária, voto distrital misto, voto facultativo, extinção do segundo turno para prefeitos e governadores e veto à divulgação de pesquisas 15 dias antes da eleição.
Para ele, há divergência em um único ponto -o prazo de desincompatibilização para quem vai disputar cargos eleitorais.
Também integrante da comitiva de FHC, o senador Carlos Wilson (PSDB-PE) disse que o presidente discorda dos prazos propostos pelo PMDB para desincompatibilização -60 dias para presidente, 90 para governador e 120 para prefeitos, ministros e secretários.
A caravana de FHC chegou a Recife esbanjando otimismo. Mendonça Filho (PFL-PE), autor da emenda da reeleição, disse que o governo já tem "margem de segurança" para aprovar a emenda.
FHC foi a Recife acompanhado de 15 deputados de Pernambuco. Na viagem, pediu apoio para a reeleição e acenou com a possibilidade de referendo para ratificar a aprovação da emenda.

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