São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
PDT inicia campanha na TV contra reeleição do presidente
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O PDT começa na próxima semana o contra-ataque no rádio e na televisão à campanha que defende a possibilidade de reeleição do atual presidente, Fernando Henrique Cardoso.A campanha contra a reeleição do PDT começa no dia 28, data marcada pelo governo para o início da votação da emenda pela plenário da Câmara dos Deputados. Serão 60 inserções de 30 segundos e 10 inserções de um minuto. Na campanha, o presidente do partido, o ex-governador do Rio Leonel Brizola, deverá criticar as ações do governo, principalmente na área econômica. Seu discurso deverá destacar o desemprego existente no país e os gastos do governo Fernando Henrique Cardoso com o Proer -o programa federal de socorro aos bancos em dificuldades. Comparação Brizola deverá também comparar o desempenho econômico do Brasil com o da Argentina e o do Peru, países cujos presidentes (Carlos Menem e Alberto Fujimori) conseguiram se reeleger depois que conseguiram alterar as regras constitucionais. A assessoria da liderança do PDT na Câmara dos Deputados não informou a agência que será responsável pela campanha nem os custos da produção dos anúncios. Cada partido (que tenha obtido pelo menos 5% dos votos em um terço dos Estados nas eleições para a Câmara) tem direito a 40 minutos gratuitos no rádio e na TV para divulgar seus trabalhos. Além disso, os partidos tem garantidos o espaço de dois programas de 20 minutos por ano. Votação Os partidos de oposição vão tentar obstruir a votação da emenda da reeleição, marcada para a próxima terça-feira. A tática dos partidos de oposição consiste em, primeiro, tentar adiar a votação e assim enfraquecer o governo. Caso os líderes governistas consigam atingir o quórum no plenário (257 deputados) e a tentativa fracasse, os oposicionistas vão tentar levar o debate para a consulta popular. Os partidos de oposição vão exigir votações separadas de duas emendas que estabelecem o plebiscito e o referendo por meio do dispositivo regimental conhecido por DVS (Destaque para Votação em Separado). Quando a emenda foi aprovada na Comissão Especial da Câmara encarregada de analisar o projeto, a consulta popular foi rejeitada. Genoino "Vamos mostrar que o governo não quer a consulta popular, porque optou pela campanha maciça nos meios de comunicação", afirmou o deputado federal José Genoino (PT-SP). A emenda do referendo é de autoria dos deputados petistas José Genoino e Milton Temer (RJ). A emenda do plebiscito foi apresentada pelo então deputado federal Beto Mansur (PPB) -um aliado do ex-prefeito paulistano Paulo Maluf-, que hoje é prefeito de Santos (SP). Texto Anterior: Governo quer voto nominal para emenda Próximo Texto: Jobim critica PMDB e Paes diz que partido não é de 'ovelhas' Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |