São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 1997
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Benedita ligou para assessor

FPN
DA SUCURSAL DO RIO

Além de ter dado uma entrevista por telefone quando deveria estar incomunicável por ser testemunha do julgamento de Guilherme de Pádua, a senadora Benedita da Silva (PT-RJ) também falou por telefone celular com seu chefe de gabinete no Rio, Val Carvalho, na quinta-feira.
Segundo sua assessoria, com o adiamento do início do julgamento, na quinta-feira, Benedita utilizou o celular para falar com Carvalho e pedir roupa e comida, pois acreditava que passaria muito tempo à disposição do júri.
Ela não chegou a depor, pois sua participação foi impugnada pelo juiz José Geraldo Antônio.
Quando o telefone celular estava ligado, esperando o telefonema do gabinete, Benedita recebeu a ligação de uma jornalista da revista "Veja". Por causa disso, a senadora tomou uma decisão: vai trocar o número de seu telefone.
Benedita da Silva, segundo a assessoria, ficou muito chateada com o episódio, pois ficou parecendo que ela estava falando todo o tempo de celular dentro do tribunal. Depois disso, o juiz mandou recolher todos os celulares.
A senadora passou parte do dia acompanhando uma irmã, que ontem sofreu uma cirurgia. Ela pretende falar sobre os acontecimentos de sua impugnação quando o julgamento acabar.
Ontem, segundo o marido dela, o vereador Antônio Pitanga (PT-RJ), Benedita nem sequer dormiu em casa. "Eu sei que ela saiu do circuito", disse. Pitanga reclamou que os jornalistas não respeitaram a senadora. A entrevista não foi sobre o julgamento.

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