São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 1997
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Paulistano dá nota 7,39 para a capital

Mas maioria afirma que quer mudar-se

DA REPORTAGEM LOCAL

A cidade de São Paulo completa hoje 443 anos aprovada pela população, que deu nota média de 7,39 à metrópole, segundo pesquisa Datafolha.
Apesar da aprovação, 59% dos entrevistados declararam intenção de se mudar da cidade.
Entre as desvantagens de se viver em São Paulo, as mais apontadas, com 39% das citações, foram a falta de segurança e a violência.
Mas, mesmo com todos os defeitos, 18% dos entrevistados atribuíram nota 10 para a cidade. Eles estão concentrados principalmente na zona central de São Paulo.
A zona sul, por outro lado, é o foco do descontentamento. Lá, 65% dos entrevistados declararam intenção de deixar a cidade.
Homens, 61%, mais do que as mulheres, 58%, declararam a intenção de se mudar, caso possam.
A maioria das pessoas ouvidas pelo Datafolha, 85%, declarou estar de acordo com a idéia de São Paulo ser mesmo a "locomotiva" do Brasil.
Estrangeiros
Encontrar japoneses ou seus descendentes em qualquer lugar da cidade conforta o cônsul do Japão Susumo Segawa, há cinco meses em São Paulo.
Ele também está satisfeito com as livrarias, que oferecem muitas obras em língua estrangeira.
A catedral ortodoxa e o monumento para o rei Mohamed 5º lembram o Marrocos, segundo o cônsul Hilton Pena, que informa que a comunidade marroquina em Belém é a maior do país.
Para o cônsul português, José Barbosa Ferreira, o centro de São Paulo é o que mais lembra seu país. Cerca de 200 mil portugueses vivem na cidade.
Os pratos à base de bacalhau são elogiados por Ferreira.
Para R. Viswanathan, cônsul-geral da Índia, São Paulo e Bombaim são parecidas: segundo ele, a capital seria uma mistura da cidade indiana com Nova York.
A comunidade tem cerca de cem pessoas na capital paulista.
Segundo o cônsul francês em São Paulo, Jean Levy, a "pior coisa" é que a cidade o "curou" da saudade que ele costumava sentir de Paris.
Para ele, os ares da Vila Madalena lembram a região de Saint-Germain no verão parisiense, quando bares e restaurantes ficam cheio de jovens.
Apesar das semelhanças de alguns locais, 42% dos estrangeiros que vivem na cidade temem a violência, considerando-a o principal problema de São Paulo.

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