São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Rio tem poucas cidades na lista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Embora São Paulo e Rio de Janeiro liderem os casos de Aids em números absolutos, o Rio tem poucas cidades na lista das de maior incidência da doença.
O município do Rio de Janeiro aparece em 26º lugar, com 175,1 casos em cada 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Niterói (28º) e Teresópolis (47º).
O Ministério da Saúde trabalha com duas hipóteses para explicar o fato de os municípios do Rio terem incidência menor do que os de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais: subnotificação e chegada tardia da epidemia no Estado.
Até novembro de 1996, foram registrados 49,8 mil casos de Aids no Estado de São Paulo, uma incidência de 162,2 casos por 100 mil.
"Os Estados que lideram foram os que tiveram maior número de infectados no início da epidemia, na década de 80", diz Pedro Chequer, coordenador de DST/Aids.
Segundo Chequer, como esses Estados tiveram de se organizar antes dos demais, a situação deverá se inverter nos próximos anos. "Os Estados das regiões Nordeste e Centro-Oeste deverão passar para a liderança", afirma Chequer.
Itajaí e Santos são portos movimentados, o que pode ter contribuído para a propagação. "Cidades portuárias têm uma tendência a apresentar maior número de casos. Mas há exceções, como é o caso de Paranaguá (PR), que, embora seja um porto mais importante que Itajaí, só aparece em 44º lugar", diz Chequer.

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