São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Órgão sugere recolher remédio suspeito de causar meningite

DA SUCURSAL DO RIO

O INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) vai sugerir ao Laboratório Cristália a retirada do mercado dos anestésicos de tipo Neocaína, fabricados antes de agosto de 1996.
O anestésico foi o principal suspeito do surto de meningite química (provocada por reação inflamatória da membrana cerebral) que matou 4 pessoas e levou 19 às UTIs dos hospitais do Paraná.
Segundo o diretor do INCQS, Felix Rosenberg, apesar de os lotes analisados terem sido considerados satisfatórios, não há como provar que os primeiros frascos não foram contaminados.
"É necessária uma profunda investigação epidemiológica para saber quais foram exatamente os frascos contaminados", afirmou.
A idéia de pedir a retirada do mercado partiu do promotor do Ministério Público do Paraná Marco Antônio Teixeira, durante reunião ontem com Rosenberg.
Segundo Rosenberg, o próprio Laboratório Cristália, em Campinas, já teria concordado em retirar os antigos remédios do mercado.
O INCQS estaria discutindo a viabilidade de estender a pesquisa para o exterior.
Os 15 lotes do anestésico foram enviados à Secretaria da Saúde do Paraná no final de outubro. A quantidade de cada amostra recebida era insuficiente para realizar todos os ensaios. Foi então realizada uma inspeção para revisar os documentos de produção dos remédios no período em que foram fabricados.
Depois houve a apreensão de 12 novas amostras dos mesmos lotes do Paraná. O remédio foi submetido a extensa bateria de ensaios químicos, físico-químicos, toxicológicos e microbiológicos.

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