São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997 |
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Solução para Bamerindus depende de um comprador
SHIRLEY EMERICK
O porte do banco paranaense prejudica a negociação desejada pelo Banco Central, que quer a mudança do controle acionário. O Bamerindus tem cerca de 1.200 agências e 4,6 milhões de poupadores, conforme dados do último balanço. No plano encaminhado pelo banco ao Banco Central, está previsto um socorro financeiro para cobrir o saldo negativo diário de suas operações. O banco seria administrado por um grupo de executivos por um período determinado e seria posteriormente vendido. Nesse grupo estariam incluídos dois funcionários do Bamerindus e cinco outros executivos indicados pelo BC. Mas os técnicos do BC que estudam a operação não estão seguros que essa proposta irá garantir o saneamento do Bamerindus. Demora Por causa disso, a negociação envolve muitos questionamentos e a cada reunião o BC exige a apresentação de novos documentos. Essa demora não agrada ao senador José Eduardo de Andrade Vieira (PTB-PR), presidente afastado da Fundação Bamerindus, controladora do banco. Desde que se tornou pública a dificuldade financeira da instituição, os grandes clientes transferiram suas operações para outros bancos, piorando a situação. O banco vem aumentando sua captação junto a pequenos clientes, mas isso não é suficiente para tirar a empresa do vermelho. Na semana passada, o BC estava discutindo com o Bamerindus a minuta que trata da custódia das ações da fundação para o grupo de executivos. É que eles ficarão responsáveis pelo controle acionário do banco, durante o período de transição. A proposta feita pelo banco exige que o grupo venda sua participação depois desse prazo. Para essa operação já foi aprovada a participação do banco Graphus e da União de Bancos Suíços. Bens Para fechar o acordo, Andrade Vieira abriu mão de continuar na presidência do banco e dos imóveis que estão em seu nome. O balanço do Bamerindus relativo ao segundo semestre do ano passado deve ser divulgado nos próximos dias. O banco fez um acordo com o sindicato dos bancários e suspendeu as demissões que seriam feitas por causa dos problemas financeiros até a assinatura do acordo com o BC. Texto Anterior: A compra da Mendes Júnior Próximo Texto: Governo deve prorrogar vigência de cota Índice |
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