São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Governo deve prorrogar vigência de cota
DENISE CHRISPIM MARIN
"Se o regime automotivo não for questionado na OMC (Organização Mundial do Comércio), poderemos negociar a prorrogação com os países beneficiários em maio", afirmou o ministro José Alfredo Graça Lima, diretor do Departamento Econômico do Itamaraty. A cota tarifária foi criada em agosto de 1996 como instrumento para coibir a União Européia, o Japão e a Coréia do Sul de suas intenções de pedir a formação de um panel (comitê de peritos) sobre o regime automotivo na OMC. Caso insistissem -o que não aconteceu-, o governo não adotaria a cota tarifária. As montadoras desses países perderiam a possibilidade de enviar veículos ao Brasil com tarifa de importação reduzida de 70% para 35%. Desta vez, a prorrogação deverá impedir que a União Européia apresente à OMC novo pedido de consulta formal sobre o regime automotivo. Até agora, apenas os EUA apresentaram esse pedido. O tema deverá ser tratado informalmente entre o ministro Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) e Leon Brittan, vice-presidente da Comissão da União Européia. Ambos participam nesta semana do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). A reivindicação da União Européia de incluir na cota tarifária a Nissan da Espanha, que é subsidiária de uma corporação japonesa, não deve ser atendida, segundo Graça Lima. Ele explicou que a cota tarifária foi criada para beneficiar apenas os veículos provenientes do país de origem da montadora -e não as exportações das subsidiárias instaladas em outros locais. O volume de veículos beneficiado pela cota tarifária durante um ano, de 50 mil, pode ser revisto nas negociações. Mas ele acredita que seja difícil alterar a distribuição entre os países beneficiados. Texto Anterior: Solução para Bamerindus depende de um comprador Próximo Texto: Lampreia discute cotas com europeus Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |