São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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BNDES faz contrato de crédito popular

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) assinou ontem com a ONG (organização não-governamental) gaúcha Portosol o primeiro financiamento no âmbito do programa de crédito produtivo popular, criado no ano passado.
O financiamento, no valor de R$ 1,8 milhão, é destinado a empréstimos a microempresas e a empreendedores informais de baixa renda.
Banco Popular
A Portosol é uma instituição comunitária de Porto Alegre que funciona como uma espécie de banco popular. No ano passado ela emprestou R$ 2,72 milhões, distribuídos em 1.870 operações.
Segundo José Eduardo Utzig, presidente do Conselho da Portosol, entre os empréstimos feitos pela entidade estão um de R$ 180 para um dono de armazém no interior do Rio Grande do Sul e outro de R$ 200 para um produtor informal de camisetas. O valor médio dos empréstimos da Portosol é de R$ 1,45 mil.
Além de dirigir a Portosol, Utzig é secretário de Captação de Recursos e Cooperação Internacional da prefeitura petista de Porto Alegre.
A Portosol cobra juros de 4,5% ao mês pelos empréstimos. O dinheiro do BNDES é corrigido pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que está atualmente em 11,02% ao ano.
Vertentes
O programa de crédito popular do BNDES tem duas vertentes: uma, chamada BNDES Solidário, cujo repasse é feito por ONGs, tem dotação inicial de R$ 18 milhões.
A outra, chamada BNDES Trabalhador, tem recursos iniciais de R$ 51 milhões e a operação fica a cargo dos governos estaduais. Nessa linha, o BNDES entra com 60% dos recursos, o Estado com 20% e o município envolvido no programa com outros 20%.
O BNDES Trabalhador ainda não realizou nenhuma operação. O presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, disse que o banco está negociando com os Estados da Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e com o Distrito Federal.

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