São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997
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2 agentes do Mossad seriam causa da libertação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A TV israelense e líderes palestinos disseram que a libertação do xeque Ahmed Iassim seria parte de uma troca com a Jordânia por dois agentes do Mossad (serviço secreto israelense).
Os dois supostos agentes, portando passaportes canadenses, estariam envolvidos numa obscura tentativa de assassinato de um líder do Hamas na Jordânia, Khaled Meshal, na semana passada.
A estação de TV Canal 2 disse que o acordo foi feito depois de o rei Hussein ameaçar o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, dizendo que as relações entre os dois países estavam "perto de serem rompidas".
A Jordânia negou a existência do acordo e Israel evitou comentar o assunto oficialmente.
O governo jordaniano havia inicialmente negado o atentado contra o líder do Hamas, mas depois o atribuiu a "turistas canadenses".
O premiê do Canadá, Jean Chrétien, disse ontem que seria "inaceitável" agentes secretos de outros países usarem passaportes canadenses. A chancelaria canadense disse que estava levando o assunto "muito a sério" e o discutiria com o governo jordaniano.
Ex-agente do Mossad nascido no Canadá, Victor Ostrovsky escreveu um best-seller em 1990 contando que a agência gostava de usar passaportes canadenses para movimentar seus espiões pelo mundo e disse ter visto vários passaportes canadenses em branco.
Um diplomata canadense entrou em contato com os dois supostos agentes presos em Amã para oferecer assistência consular, mas eles negaram a oferta e pediram para não ter seus nomes revelados na imprensa.

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