São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997
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Chamone diz que não cabe a ele provar números

DA REPORTAGEM LOCAL

O coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Dalton Chamone, disse que não cabe a ele provar os números de casos de pessoas que receberam sangue contaminado, que são uma estimativa realizada em conjunto com Gabriel Schimunis, responsável regional pelo controle de doenças transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde.
"É apenas uma estimativa. Ninguém tem o número exato. Com certeza, há mais do que mil casos", diz. Segundo Chamone, a Procuradoria da República está investigando. "Apresentei os números em reuniões em julho e agosto, em que estavam presentes Marta Nóbrega e o ministro Albuquerque. Nesse encontros, não fui contestado em nenhum momento."
A Folha também procurou Mario Ivo Serinolli na Fundação Pró-Sangue e em seu celular, mas ele não foi encontrado.
O ex-secretário da Vigilância Sanitária Elisaldo Carlini disse que não se lembra de quantos técnicos trabalhavam na secretaria na época. "Mas acho que era por volta de 250 pessoas."
Sobre o fato de o diretor da Vigilância Sanitária acumular o cargo de superintendente na Fundação Pró-Sangue, Carlini disse que "é justamente essa a causa de ele ter sido escolhido para a Vigilância".
"Como Serinolli é um profissional gabaritado e trabalha em um centro de excelência, o escolhemos", disse. As afirmações da nova secretária, segundo Carlini, "são maldosas". "A Fundação Pró-Sangue é um dos melhores centros de sangue do país", disse.

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