São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997 |
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Com incêndio, Ibama reduz fiscais no Pará
ESTANISLAU MARIA
Segundo o diretor de fiscalização do órgão em Belém, Nilson Pantoja, os outros 45 fiscais foram para o Maranhão nesta semana. A operação Macauã foi iniciada em agosto para o combate contra o roubo de madeira, desmatamento e queimadas na Amazônia. Apesar disso, os focos de queimadas aumentaram 33% no Pará, nos meses de julho, agosto e setembro deste ano, em relação ao ano passado. Foram 8.800 incêndios neste ano, contra 6.600 no mesmo período de 1996 -sem operação especial. Esses dados são da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O Ibama no Estado não tem números atualizados, nem sequer da Macauã, cujos dados mais recentes são da primeira quinzena de agosto. O sudeste do Pará é a área mais atingida do Estado pelas queimadas. No mês de setembro, Marabá (500 km ao sul de Belém) ficou coberta quase diariamente por uma névoa escura de fumaça. O aeroporto local trabalhou 120 horas sem visibilidade, com pousos e decolagens feitos por meio de aparelhos. O aeroporto de Carajás (650 km ao sul de Belém) fechou duas vezes e operou 35 horas por aparelhos. O Estado e a União não têm um plano de ação contra queimadas no Pará. Acabam agindo isoladamente e sem mecanismos eficazes de combate ou prevenção. A secretaria se limita a levantar os focos de queimadas repassados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A assessoria de imprensa da secretaria informou que cabe ao Ibama o combate às queimadas. O Ibama apenas multa os responsáveis por incêndios irregulares, depois de feito o fogo. "Não temos como evitar. Vamos lá (onde estão as queimadas) e multamos, depois de notificado o fogo", disse Pantoja. Para fiscalizar todos os 124 milhões de hectares do Pará -13 vezes o tamanho de Portugal-, trabalham 63 fiscais no Ibama. Texto Anterior: Exército retira areia proibida Próximo Texto: Horário de verão começa na segunda Índice |
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