São Paulo, sábado, 4 de outubro de 1997
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Justiça do Paraná liberta 16 lideranças do MST em 3 dias

Oito trabalhadores rurais sem-terra continuam presos

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O Tribunal de Justiça do Paraná concedeu ontem habeas corpus para seis lideranças do MST que estavam presas no Estado.
Com isso, chegam a 16 os sem-terra que foram libertados nos últimos três dias no Paraná. Até a tarde de ontem, outras oito lideranças continuavam presas.
A decisão do tribunal beneficiou os sem-terra Osni Castanha, Eduardo Vitor, Clair Francisco de Souza, Valdecir da Silva e Jobrair dos Santos Galdino, detidos em Palmas, no sul do Estado.
Anteontem, haviam sido libertadas cinco lideranças do MST (Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra) presas desde o dia 13 de setembro em Bela Vista do Paraíso. Na quarta-feira, cinco sem-terra presos em Ortigueira já haviam sido soltos.
As libertações acontecem no momento em que o governo estadual, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o MST do Paraná negociam uma solução para os conflitos agrários no Estado.
O MST do noroeste do Paraná vai distribuir amanhã alimentos para os presos da cadeia de Paranavaí (PR).
Eles vão distribuir feijão, arroz, carne de boi e de frango e hortigranjeiros produzidos no assentamento dos líderes Delfino José Becker e Celso Anghinoni, em Querência do Norte.
Os dois estão presos desde o dia 17 de setembro em Paranavaí.
Na próxima segunda-feira, às 9h30, os dois líderes serão ouvidos no fórum de Loanda. Eles são acusados de esbulho (despojo) possessório, formação de quadrilha e danos ao patrimônio.

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