São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Adultos passam a tomar vacinas em SP
JAIRO BOUER
Tradicional reduto de crianças, as clínicas começaram a receber mulheres e homens preocupados em se proteger contra doenças. Essa tendência foi verificada pelo infectologista pediátrico Charles Schmidt, da Clínica Vacine. As principais vacina disponíveis hoje, em São Paulo, são contra sarampo, gripe, hepatites A e B, catapora, tétano, difteria, rubéola e pneumococo. Segundo o pediatra Norberto Antônio Freddi, do Cedipi, o sarampo acabou levando mais adultos às clínicas. A maioria deles procurou a vacina por ter contato com um doente. Ele diz que o tétano e a hepatite B são vacinas que também têm sido bastante procuradas. Segundo ele, poucos adultos estão com seu esquema de cobertura vacinal em dia. Segundo a infectologista Marília Santini de Oliveira do Hospital das Clínicas da USP, a única vacina obrigatória para os todos os adultos é a dupla adulta, que protege contra o tétano e a difteria e que deve ser repetida a cada dez anos. Essa vacina pode ser encontrada tanto nas clínicas privadas de vacinação como na maior parte dos postos de saúde da rede pública. Segundo Marília, a proteção contra hepatite B deve ser feita obrigatoriamente por profissionais da área de saúde e por aqueles que se expõem com alguma frequência ao sangue (policiais, bombeiros, grupos de resgate etc.). Além dessas vacinas, em caso de epidemia -como a que está acontecendo em São Paulo-, todos os adultos, segundo Marília, devem se imunizar contra o sarampo. Outras vacinas Schmidt diz que outra vacina bastante procurada pelos adultos é a que protege contra a gripe. A vacina, feita a partir das variantes do vírus influenza que causaram epidemias no ano anterior, deve ser repetida anualmente -devido à grande variação genética do vírus- nos meses que antecedem ao inverno. Segundo Schmidt, a vacina dá uma proteção de 65% a 85%. Adultos com mais de 60 anos também podem se beneficiar de uma vacina aplicada a a cada 5 anos contra a bactéria pneumococo, responsável, nessa faixa etária, por quadros de pneumonia, meningite e infecção generalizada. Marília diz que as necessidades e benefícios de cada vacina devem ser discutidos com o médico. ONDE ENCONTRAR: Vacine: (011) 258-4361, Cedipi: (011) 288-4266, Clivacin: (011) 887-6292, Clínica David Uip (011) 881-8144. Texto Anterior: Curitiba muda cardápio para o frio Próximo Texto: Pediatras indicam doses extras Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |