São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997 |
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Motorista sabe, mas não adere à operação Principal motivo alegado é ausência de multa RITA NAZARETH
"Poucos afirmam que não sabiam do início da operação", diz o coordenador de tráfego da região dos Jardins, Teidy Hirasaka, 40. "Mas a falta de punição durante esta semana talvez seja o principal motivo da não-adesão de muitos", diz o marronzinho da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Márcia diz ser favorável ao rodízio pela melhora do trânsito e da qualidade do ar e afirma que saiu ontem com seu carro porque não receberia multa. "Infelizmente tenho de gastar dinheiro com táxi em dia de rodízio", diz a engenheira. "Se o transporte público coletivo fosse mais decente, tomaria um ônibus." O vendedor Antônio Lipp, 58, também afirma ser a favor da operação municipal. "Tenho outro carro para driblar o rodízio e só não estou com ele porque me enganei na saída de casa", diz Lipp. "A partir da semana que vem vou aderir, mas gostaria de saber se receberei algum desconto no IPVA pelas horas não rodadas." "A melhora do trânsito não é tão grande assim", diz o economista Nelson Antônio dos Santos, 40. "A do ar, nem se fala. Por isso, sou contra." Ontem, Santos saiu com seu carro sabendo que não poderia porque estava com pressa. "No outro rodízio, tentava sair mais cedo", afirma o economista. "Como vou da zona norte à sul todos os dias, acho que terei de comprar outro carro." Texto Anterior: Rodízio sem multa altera pouco o trânsito Próximo Texto: CET vai fiscalizar 126 cruzamentos Índice |
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