São Paulo, quinta-feira, 9 de outubro de 1997
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Vazamento de melaço ameaça área de proteção

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Naviraí (MS) abriu ontem inquérito civil para apurar as causas do desastre ambiental no rio Amambai.
O vazamento de um tanque de uma usina de álcool teria sido a causa da morte de toneladas de peixe, numa extensão de 20 quilômetros, desde o último domingo.
O gerente da usina Coopernavi, José Vicente da Silva, disse ontem em depoimento à promotora Luciana Moreira Schenk, 32, que houve rompimento de um tanque de 700 mil litros de melaço na destilaria, que produz álcool e açúcar.
Técnicos da Semades (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento) passaram o dia de ontem fazendo coleta de peixes e de amostras de água.
O diretor de controle e licenciamento ambiental do governo do Estado, Roberto Machado Gonçalves, 39, disse que há risco de contaminação na Área de Proteção Ambiental de Ilha Grande, no rio Paraná.
A região -habitat de cervos, aves e peixes- fica na desembocadura do rio Amambai. Machado explicou que o melaço pode causar a morte de peixes de forma indireta.
O produto atrai grande quantidade de microorganismos, que necessitam do oxigênio da água para se reproduzir. Os peixes teriam morrido por falta de oxigênio.

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