São Paulo, quinta-feira, 9 de outubro de 1997 |
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Aurélio Miguel tenta completar 'Grand Slam' pessoal na França
EDUARDO OHATA
Desde que retornou da Olimpíada de Atlanta, onde conquistou a medalha de bronze, o judoca tem o pensamento fixo em apenas um objetivo: ser campeão mundial. Esse é o único título expressivo que falta à galeria do atleta, medalha de ouro na Olimpíada de Seul e em torneios continentais. "Sempre que se fala em Mundial, o Aurélio murmura 'essa é a única que falta, essa é a única que falta"', conta a mulher do lutador, Daniela Miguel, 27. "Ganhar esse título seria completar, como ele mesmo coloca, seu Grand Slam (uma alusão aos maiores títulos do tênis profissional)." O lutador, que se recupera de uma contração muscular sofrida há duas semanas, concorda que a motivação será um dos fatores decisivos na disputa. "O primordial é querer mais que os outros." O sorteio que define os adversários do brasileiro aconteceria ontem à noite em Paris. Mesmo que não consiga ganhar o título dos meio-pesados, terá nova chance no domingo, quando lutará na categoria absoluto. Também estréiam hoje na competição os pesos pesados Felipe Varga e Edilene Andrade e a meio-pesada Edinanci Silva. Novas regras Paralelamente à competição, está ocorrendo um congresso que discute mudanças no esporte. A alteração que mais polêmica provocou foi a que eleva o limite de peso de quase todas as categorias. Henrique Guimarães, 25, bronze em Atlanta, mostrou-se satisfeito com a mudança. O limite de sua categoria, a dos meio-leves, foi aumentado de 65 para 66 quilos. "Meu peso natural é 68 kg. Não precisarei me sacrificar tanto para 'dar o peso"', diz, ressaltando que é justamente aquele quilo extra o mais difícil de ser extraído. "Lutarei fortalecido." Texto Anterior: Brasil e Espanha se enfrentam na Davis Próximo Texto: Lutador brasileiro poderá ter revanche Índice |
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