São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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FHC fará campanha em SP

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou à cúpula do PMDB, em almoço no Palácio da Alvorada, que não vai interferir nas eleições estaduais onde houver disputa entre os partidos da sua aliança nacional. Mas disse que não poderá deixar de participar da campanha em São Paulo.
FHC reafirmou que deseja ter o PMDB na sua coligação e deu a entender que não acredita que a candidatura do ex-presidente Itamar Franco (PMDB) se viabilize no partido.
O grupo dissidente do PMDB, liderado pelo presidente nacional do partido, deputado Paes de Andrade (CE), deseja lançar Itamar candidato à Presidência da República, em oposição a FHC.
O presidente da República foi questionado pelos líderes do PMDB sobre a disputa em São Paulo. O presidente perguntou: "O Quércia é candidato"? Os peemedebistas responderam que sim. FHC completou: "São Paulo é o meu Estado e eu não posso deixar de ir".
O ex-governador Orestes Quércia é candidato ao governo paulista e pretende fazer campanha em oposição ao governo federal. FHC está pressionando o governador Mário Covas (PSDB) a concorrer à reeleição.
O presidente acertou com a cúpula do PMDB que participará de campanhas nos Estados somente onde houver uma candidatura de consenso entre os aliados (PSDB, PFL, PMDB e PTB). "O presidente disse que não haverá ingerência nas campanhas estaduais onde não houver acordo", disse o líder do PMDB, deputado Geddel Vieira Lima (BA), que participou da reunião.
Também participaram do almoço o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), o líder no Senado, Jader Barbalho (PA), e os ministros Eliseu Padilha (Transportes), Iris Rezende (Justiça) e Fernando Catão (Políticas Regionais).
Ficou acertado que o presidente poderá participar de campanhas nos Estados onde houver polarização entre um candidato de um partido aliado e outro das oposições.
Nesses casos, porém, a participação do presidente precisará ser aprovada por um conselho formado por representantes dos partidos da base governista. O comando da campanha de FHC terá a participação de representantes de todos os aliados. O comando vai elaborar o programa de governo e preparar o novo mandato.

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