São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Diretora usa Bíblia para justificar

DA AGÊNCIA FOLHA

Os diretores da escola Paraíso Infantil justificaram o castigo dado a A.P.S. dando outra versão para a história.
Segundo Eunice Corrêa, o menino beijou outro menino na boca. A professora puniu A.P.S. para tentar "impedir o desenvolvimento de uma personalidade errônea", referindo-se a uma possível manifestação de homossexualismo.
Os diretores da escola informaram que o garoto frequentava a escola havia pouco mais de um mês e nesse período fora flagrado beijando três vezes um garoto na boca em sala de aula.
Segundo os diretores, a primeira vez teria ocorrido logo nos primeiros 15 dias. "Conversamos com ele, mas não avisamos aos pais", disse Paulo Corrêa.
A diretora contou que o garoto voltou a beijar o mesmo colega por mais duas vezes.
Quando a professora Luciana o advertiu novamente e ameaçou tapar a boca dele, A.P.S. teria respondido que não se importava, de acordo com a diretora.
Eunice Corrêa disse que a professora, com a autoridade ameaçada, apanhou um rolo de fita gomada e colocou na boca do garoto.
"Sei que não foi uma atitude correta, mas foi a maneira que a Luciana encontrou para fazer valer sua autoridade."
"O lema de nossa escola se baseia no que está escrito na Bíblia, em Provérbios 22:6: 'Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele"', cita a diretora.

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