São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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180 mil pessoas têm 70 mil veículos

WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

Com 180 mil habitantes e frota de 70 mil veículos, Marília (443 km de São Paulo) convive com congestionamentos diários em algumas regiões da cidade.
O principal problema ocorre nas avenidas da Saudade e Hygino Mussi Filho, vias de mão dupla que dão acesso a três universidades -Unimar, Unesp e Fundação Eurípides Soares da Rocha.
40 minutos
Para percorrer de ônibus urbano um trajeto que não chega a cinco quilômetros, são gastos cerca de 40 minutos em congestionamento nos horários de pico -entre o terminal dos coletivos e as universidades.
Além da frota de veículos licenciados na cidade, Marília ainda recebe os carros de grande número de estudantes de cidades próximas que estudam nas universidades locais, aumentando ainda mais o problema de trânsito.
Turnos
Cerca de 5.000 estudantes se deslocam para lá nos turnos da manhã, tarde e noite, tornando o tráfego congestionado nas duas avenidas, que não têm condições de dar vazão normal ao pesado trânsito que se forma.
Há ainda grupos de estudantes que vão para a faculdade em ônibus pagos por prefeituras das cidades próximas a Marília -o que contribui para ampliar o tráfego local de veículos de grande porte.
Marginal
A solução proposta pela coordenação do trânsito para tentar amenizar estes problemas é a construção de uma via marginal nas estradas que contornam Marília, visando desviar parte dos veículos desta área da cidade e desafogar o trânsito próximo às universidades.
"Medidas precisam ser tomadas agora e não podem ser adiadas", afirmou o gerente de Trânsito e Transporte, Newton Garla.
Ele não soube estimar o custo da construção da marginal, mas disse que a obra deverá estar incluída no orçamento municipal do ano que vem.
Calçadão
O gerente de Trânsito e Transporte afirmou que a prefeitura também pretende construir, no ano que vem, um calçadão no centro, com objetivo de reduzir o tráfego no local.
As ruas próximas ao centro são muito estreitas, dificultando o passagem de veículos.
"Marília não foge da realidade das médias e grandes cidades do interior. Elas não foram preparadas para suportar o trânsito, que é crescente e não deixa de ser um fator de preocupação para os municípios", afirma Garla.

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