São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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FCBF teme repetição do caso da bagagem em França-98

ALEXANDRE GIMENEZ
ENVIADO ESPECIAL A BELÉM (PA)

Entidade quer que atletas não exagerem em compras, como nos EUA

CBF teme repetição do caso da bagagem em França-98
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) teme que ocorra após a Copa da França, no próximo ano, um novo "caso da bagagem".
Por causa disso, dirigentes da entidade vão aconselhar os jogadores a não exagerarem nas compras durante e depois do Mundial.
Em 1994, após a Copa dos EUA, o avião que trouxe a seleção de volta ao Brasil comportava 15 toneladas de carga. Algumas compras do lateral Branco tiveram que ser transportadas em outro avião.
Quando chegaram ao país, os jogadores ameaçaram não desfilar nas ruas do Rio se as bagagens fossem revistadas e os impostos cobrados pela Receita Federal.
"Todos os atletas sabem o que podem fazer. Não vamos proibir nada. Esperamos que usem o bom senso", disse Américo Faria, supervisor da seleção brasileira.
"O exagero de dois ou três levou a uma generalização. Muitos até se esqueceram do título que havíamos conquistado", completou.
O lateral Cafu, reserva na Copa dos EUA, não acredita que o caso da bagagem possa ocorrer novamente. Ele afirmou que não foi exagerado nas compras em 1994.
"O que acontece é que, no exterior, o jogador vê uma coisa bonita e acaba querendo levá-la para casa. Cada um precisa ter responsabilidade sobre os seus atos", disse o lateral do Roma (Itália).
Futuro
A Nike, patrocinadora da seleção brasileira, não vai mais realizar o amistoso em Washington (capital dos EUA), no próximo mês, como previsto. O adversário não estava definido.
"Só sabemos que Washington está descartado. Não foi definido se essa partida será no Brasil ou no exterior", afirmou Luiz Alexandre, representante da empresa.
Pelo contrato assinado com a CBF -US$ 400 milhões por dez anos-, a Nike promove cinco amistosos da seleção por ano.
As exigências da empresa -cota de US$ 500 mil, placas de publicidade no estádio e bilheteria- estão afastando possíveis adversários. Alemanha e Espanha já desistiram de enfrentar o Brasil.

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