São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Ross Pople traz London Orchestra

WILLIAN LI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Encerrando a temporada internacional do Mozarteum Brasileiro, se apresenta hoje e terça, no Teatro Municipal, a London Festival Orchestra, sob a regência de Ross Pople, com solos de piano de John Lill.
Criada em 1980, é uma das mais prestigiosas orquestras de câmara do mundo. Seu repertório inclui músicas barrocas, clássicas e contemporâneas. Ela realiza mais de cem apresentações por ano no mundo todo e se destaca por sua atuação no festival "Cathedral Classics" e gravações para a BBC.
Em Londres, se apresenta frequentemente no Royal Festival Hall e no Barbican. John Lill foi um menino prodígio do piano. Seu primeiro recital ocorreu aos nove anos. Aos 18 estreou no Royal Festival Hall tocando Beethoven.
Em 1970 venceu o Concurso Internacional Tchaikowsky de Moscou e a partir daí começou a atuar com as maiores orquestras do mundo e em séries de recitais. Em entrevista à Folha, Pople comenta a quarta visita da orquestra.
*
Folha - Quantas vezes o sr. já veio ao Brasil?
Ross Pople - Com a orquestra é a quarta. Já estive umas seis ou sete vezes, como solista ou turista.
Folha - O que o sr. espera encontrar aqui agora?
Pople - Espero que não tenham mudado muito desde que eu estive aí há três anos. Ouvi dizer que agora vocês têm mais dinheiro no bolso e mais comida também.
Folha - E o que o sr. acha da vida musical no Brasil?
Pople - Muito rica e ativa, comparável aos padrões europeus, pelo menos em São Paulo.
Folha - O que o sr. acha da música de Villa-Lobos?
Pople - Ele foi um grande gênio, sua música é celestial. Gosto principalmente das "Bachianas" para violoncelo, onde ele trata o violoncelo como a voz. Gosto muito também da música de Chopin para violoncelo.

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