São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Euro pode unir adversários

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A intransigência comunista em sua oposição ao Orçamento parece ter disparado um processo de ampla coalizão entre a direita e a esquerda italianas em torno de um sonho comum -a adoção do euro já em janeiro de 1999.
O premiê Romano Prodi tem conseguido reduzir o déficit público do país ao nível exigido (3% do PIB) para que a Itália possa participar da primeira leva de países que devem adotar a moeda única européia.
"Eu expresso esperança pela Itália, por todos nós, de que a crise não afetará o notável esforço feito pelo governo do senhor Prodi para limpar as finanças públicas e preparar a Itália para participar da moeda única", disse Silvio Berlusconi, principal líder oposicionista (de centro-direita).
Berlusconi aceitou participar de um governo de aliança nacional para garantir a continuidade da política de cortes de Prodi.
A recente crise na Itália foi recebida com certa cautela por autoridades européias.
Wim Duisenberg, presidente do Instituto Monetário Europeu, precursor de banco central para a Europa, disse que as chances da Itália dependerão das políticas do próximo governo.
O secretário de Economia da Espanha, Cristóbal Montoro, e o chefe do Banco Central de Portugal, Antonio de Sousa, afirmaram que ainda vêem chances de a Itália adotar o euro em 99.

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