São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Furacão mata ao menos 54 em Acapulco

Pauline tem ventos de até 250 km/hj

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Ao menos 54 pessoas morreram ontem no balneário de Acapulco (280 km a sudoeste da Cidade do México, capital do país), vítimas de desabamentos e inundações provocados pelo furacão Pauline.
A informação é da agência "Reuter" a partir de dados da Cruz Vermelha, da Defesa Civil e da equipe de legistas local. Nove corpos foram encontrados na avenida Costera, a principal da cidade.
Carros e árvores foram arrastados pelos ventos, e uma pequena igreja desabou. "Eu vivi aqui toda a minha vida e nunca vi nada igual", disse o jornalista Amado Ramirez. Todos os vôos de entrada e saída da cidade foram cancelados. As atividades do porto estão paralisadas.
Centenas de famílias estão desabrigadas no estado de Oaxaca, um dos mais pobres do país. Segundo o governador Diodoro Carrasco, o furacão causou "uma situação de desastre" nos portos de Huatulco, Pochutla e Puerto Escondido.
"Não há telefone, nem eletricidade, as estradas estão bloqueadas e as pontes, em colapso", disse Carrasco. Localidades nos estados de Chiapas e Guerrero também foram atingidas.
Efeito do El Niño
O Pauline está sendo considerado um dos mais perigosos da temporada no oceano Pacífico, com ventos de mais de 250 km/h.
Especialistas afirmam que o fenômeno El Niño contribuiu para agravar a passagem do furacão pela costa do México.
O presidente Ernesto Zedillo, que visita a Alemanha, ordenou à Defesa Civil do país para implementar um plano de resgate de emergência. Na Cidade do México, estão sendo organizadas coletas de alimentos e roupas. A Cruz Vermelha enviou ontem 30 toneladas de alimentos, água e medicamentos às vítimas em Oaxaca.

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