São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997 |
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Informática garante qualidade do sangue Chances de contaminação diminuem AURELIANO BIANCARELLI; RENATO KRAUSZ
"Há cada vez menos interferência humana nos procedimentos", diz Dante Mario Langhi Junior, presidente do Departamento de Hematologia da Associação Paulista de Medicina. Comparada com o início do século, quando nada se sabia sobre a contaminação do sangue, a transfusão hoje é considerada um procedimento seguro. Ao garantir segurança nos procedimentos, a informática vem permitindo que bancos menores enviem suas amostras para serem testadas nos grandes hemocentros. O perigo de a amostra ser trocada praticamente desapareceu. Com isso, os custos e os riscos diminuíram. No interior do Estado de São Paulo, 90% do sangue recolhido por bancos privados são testados por hemocentros públicos. Apesar da segurança, a transfusão é considerada um procedimento de "risco alto", no mesmo patamar de uma cirurgia, diz Marisa Lima Carvalho, do Centro de Vigilância de São Paulo. "A única transfusão totalmente segura é aquela que não é feita", diz o hematologista Celso Guerra. Os riscos maiores ficam por conta da "janela imunológica", o período em que os anticorpos estão se formando. O outro risco corre por conta da saúde da população. No Estado de São Paulo, por exemplo, entre os 80% de pacientes que passam na entrevista, cerca de 7% deles descobrem que têm alguma doença contagiosa. Do total de doadores, 0,33% apresenta doença de Chagas confirmada, 0,59% tem sífilis, 0,47%, hepatite B, 0,67%, hepatite C e 0,14% está com HIV. (AB e RK) Texto Anterior: Risco de contrair HIV é de 1 para 200 mil Próximo Texto: Episódio mostra despreparo Índice |
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