São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997 |
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Rigor na triagem reduz riscos
AURELIANO BIANCARELLI; RENATO KRAUSZ
"Saber entrevistar e observar o candidato a doador é fundamental para garantir um sangue de qualidade", diz Marisa Lima Carvalho, do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo. Na entrevista, o doador é questionado sobre seu comportamento sexual, uso de drogas e doenças que já teve. Segundo Marisa, todos os sete bancos de sangue interditados este ano no Estado tinham falhas no processo de coleta. Alguns nem possuíam um espaço reservado para que o doador pudesse ser ouvido. Alguns hemocentros têm uma cabine instalada para um possível voto de auto-exclusão do doador. Mesmo que não tenha dito a verdade na entrevista, ele pode pedir que seu sangue seja descartado por meio de uma senha secreta. Segundo José Augusto Barreto, diretor da Hemorrede de São Paulo, 25% dos doadores são descartados logo na entrevista. Outros 20% são descartados após a coleta de sangue. A diretora do Hemope (Hemocentro de Pernambuco), Cristina Carrazzone, diz que esse número é igual para todos os hemocentros estaduais do país. "Nós perdemos 45% do sangue, mas a população acaba ganhando, devido à maior segurança que a medida proporciona", afirma. (AB e RK) Texto Anterior: O sangue no Brasil Próximo Texto: Interior do MA tem doação 'braço a braço' Índice |
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