São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
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Interior do MA tem doação 'braço a braço'

DÉCIO SÁ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

O cenário imaginado pela secretária Marta Nóbrega Martinez, da Vigilância Sanitária, não corresponde à realidade do interior dos Estados pobres do país. Enquanto os principais hemocentros fazem até 14 testes por bolsa de sangue, nessas localidades a doação ainda é "braço a braço", sem a realização de um único exame.
"Isso acontece no Maranhão e no resto do Brasil, principalmente no interior", diz Etevaldo Castro, 39, diretor da Divisão de Serviço de Saúde da Vigilância Sanitária do Maranhão. "Nas capitais, como aqui em São Luis, isso não ocorre", afirma.
Essa política consiste, basicamente, na construção de hemonúcleos em diversos municípios do interior.
No Maranhão, que tem 217 municípios, só existe hemocentro em São Luís. As cidades de Caxias, Imperatriz e Bacabal possuem unidades avançadas, os hemonúcleos.
Em outros quatro municípios, os hemonúcleos estão em fase de implantação. "Todos eles são fiscalizados pela Vigilância Sanitária e não apresentaram problemas até agora", afirmou Castro.
Nessas quatro unidades, são coletadas mensalmente 2.500 bolsas de sangue total, sem os hemoderivados. Cada bolsa tem capacidade para 430 mililitros.
"Onde existem nossas unidades, o sangue é bem controlado. No resto, eu não sei", disse Felícia Adler, diretora do Hemomar (Centro de Hemoterapia e Hematologia do Maranhão).
O Hemomar e suas unidades avançadas do interior distribuem todo o sangue coletado para hospitais públicos e privados nas cidades em que atuam.

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