São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997 |
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Goldie instala o conceito de superstar dos anos 90
ERIKA PALOMINO
Goldie se apresentou na madrugada de sábado como DJ, acompanhado somente por um MC (mestre de cerimônias). Nem precisava mais. Num palco em que rolava clima de montagem de som, ele inverteu a ordem da noite e entrou no lugar de Adam F., discotecando ("DJing") com seu satff do Metalheadz. Junto a duas pick-ups, encarnou o legítimo espírito do jungle, puro e intenso. Do seu cantinho no palco, conduzia o povo febril a diferentes estados de espírito, ora mais melodioso, ora mais radical. Com isso, limou os mais velhos e os mais caretas num verdadeiro terremoto jovem, sexual e visceral. Na anunciada homenagem a Chico Science, fez o Palace explodir, usando repiques da bateria sampleados, sobre a estrutura clássica do drum'n'bass. Numa sequência sem passagens de música marcantes, Goldie mixava sobre o minimalismo da forma baixo e bateria, que caracteriza o gênero do drum'n'bass. Comunicando-se com seu público no estilo clássico dos clubes noturnos, Goldie sorri e faz todo mundo reagir às palavras de ordem de seu MC: "Are you ready for the underground sound? (Vocês estão prontos para o som underground?)". Nós estamos. Goldie acaba de inaugurar oficialmente o drum'n'bass no Brasil. Texto Anterior: Neneh Cherry mostra que é legítima diva pop Próximo Texto: Peças infantis trazem diálogos fantásticos Índice |
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