São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997 |
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PIONEIROS . Ralph Waldo Emerson (1803-1882) - Embora tenha sido um leitor ávido de filosofia, religião e literatura, Emerson não foi um pensador sistemático. Influenciado pelos românticos ingleses e alemães, é considerado o expoente do transcendentalismo. Para os transcendentalistas, a razão -e não o mundo das aparências- é o único meio de atingir a "verdade" filosófica. Idealista, Emerson acreditava na evolução contínua do espírito. Como os românticos, postulou a interação entre natureza e razão, mas a contrabalançou com a necessidade de realização prática de tais princípios. Escreveu, entre outros, "Natureza" (1836) e "Ensaios" (1841). . Henry David Thoreau (1817-1862) - Escritor e naturalista, Thoreau teceu suas considerações filosóficas a partir da observação da natureza em "Walden", (1854), sua obra mais importante. Fez parte, junto com Emerson, do movimento transcendentalista. Reformador, pregou a desobediência civil ao facilitar a fuga de escravos. Seu ensaio "Desobediência Civil", de 1849, influenciou a ação política de líderes do século 20, como Gandhi e Luther King. . Charles Sanders Peirce (1839-1914) - Foi o primeiro a formular o termo pragmatismo. Lecionou filosofia e química. Em dois artigos fundamentais -"A Fixação da Crença" e "Como Tornar Nossas Idéias Claras" (1877-78)-, Peirce estabeleceu os fundamentos de sua filosofia, procurando superar a dicotomia entre signo e pensamento. O signo, como convenção social, supõe um objeto de que se fala -o referente- e uma pessoa que o interpreta. Assim, no ato de interpretar -de transferir valores ao signo- a pessoa que interpreta se torna, ela própria, um signo. . William James (1842-1910) - Foi o sistematizador do pragmatismo. Influenciado pelo místico Swedenborg, James se distingue de Peirce por dar maior valor aos fenômenos psíquicos. Em seus "Princípios de Psicologia", de 1890, criticava a psicologia, defendendo uma abordagem filosófica dos problemas psíquicos. Em seu ensaio mais famoso, "A Vontade de Acreditar", de 1897, ataca violentamente o neo-hegelianismo e o darwinismo social, acusando-os de denegrir o poder pessoal do indivíduo. Para James, o indivíduo não se pode fixar em uma crença moral ou religiosa. Ele deve procurar a novidade, a "vontade de acreditar" que está além de quadros conceituais previamente definidos. Foi irmão do escritor Henry James. . John Dewey (1859-1952) - Educador e reformista social, a princípio influenciado pelo idealismo de Hegel, Dewey, no final dos anos 90, passou a se dedicar a questões mais objetivas, como prática do ensino. Suas idéias inovadoras modificaram profundamente as práticas pedagógicas no final do século 19 nos EUA. Para Dewey, a criança é uma criatura ativa e inquisidora. Assim, cabe ao educador "alimentar" esta disposição da criança para o conhecimento e para o novo. Suas teses mais importantes estão em "Experiência e Natureza", de 1925. Texto Anterior: A revolução americana Próximo Texto: A habilidade natural Índice |
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